Pergunta (Agslene
Martins)
Penso
que essa história que todo poeta é um fingidor, é meio furada. Embora, os EU's
sociais habitem tão bem, nos seres poéticos. Minha pergunta é: com que
frequência sua poesia refleti a pessoa Clécia?
Resposta
(Clécia Santos)
A
minha poesia reflete sim no meu cotidiano. Procuro ser uma pessoa melhor cada
dia, como professora e com o trato com as pessoas em minha volta. Escrever me
faz muito bem! Parece que limpa e leva para longe os obstáculos.
Pergunta (Rita
Cruz)
Gostaria
de saber da poetisa Clécia Santos, se ela teve alguma influência de Paula
Pimenta, quando resolveu escrever para adolescentes, já que seus livros anteriores
são de uma temática bem diversificada. Principalmente Flor de Cactos. E Angel
Brisas & Poesias, revela uma outra personalidade da autora. Ambos são bons.
Mas, identifico-me com Angel, pelo lirismo e profundidade dos versos que revelam
uma quase menina-mulher, cheia de encantamentos. Então Clécia, o que te levou a
escrever para adolescentes e até onde Paula Pimenta influenciou você, nesse
novo fazer poético?
Resposta
(Clécia Santos)
Não
tive. Ela escreve romances, contos de princesas. Eu amo escrever poemas! Não me
vejo longe deles. Gostaria mesmo de ser mais conhecida entre os adolescentes e
lida. Quem sabe um dia?
Pergunta (Roberto
Noir)
Clécia,
você postou uma vez, aqui no grupo, que sua poesia é para adolescentes e que
eles ainda não haviam descoberto seu trabalho. O que há em sua poesia que
possui potencial para atrair adolescentes? Por que você faz questão de ter seu
trabalho lido por eles?
Resposta
(Clécia Santos)
Roberto
Noir, trabalho com adolescentes, vejo a grande necessidade de comunicar meus
poemas para eles. Vejo que são nossas sementes de aprendizado e nosso futuro
está neles. Minha poesia é leve, romântica e creio que os agrada.
Pergunta (Roberto
Noir)
Você
acredita então que adolescentes gostam de coisas leves e românticas?
Resposta (Clécia
Santos)
Poesia
é muito subjetiva e depende do momento em que a pessoa se encontra. Pode ser
que sim. Mas tem outros que não gostam. Acho muito subjetivos os gostos. Porém
eu gostaria que sim.
Pergunta (Marconi
Branco)
Gostaria
de saber onde aprendeu suas técnicas poéticas, se fez algum curso ou se foi
resultado de observação de outros poetas. É que a perfeição com que consegue
exprimir os pensamentos e transmitir os sentimentos realmente são uma obra de
arte.
Resposta
(Clécia Santos)
Marconi
eu não fiz cursos para aprender técnicas para escrever poemas. Muitos são de
inspirações instantâneas. Mas, aprendo observando meus amigos poetas e amigas
poetisas.
Pergunta (João
Andrade)
Clécia,
você acredita que os poetrix alcançam os adolescentes?
Resposta
(Clécia Santos)
João
Andrade, acredito que sim. Eles são poéticos, uma diferente forma de expressão
poética e é bem perto dessa era Internet. Uma nova exposição de novos valores e
descobertas.
Comentário (Sandemberg
Oliveira)
Quando
a poesia é presa a uma estrutura, o lirismo não flui com suavidade e liberdade.
Os poetas parnasianos, preocupados com a forma, com a técnica, com a estrutura,
foram criticados, pois a poesia parnasiana não apresentava preocupação com o
lirismo, com a emoção. Poesia é liberdade, há quem goste de que sua poesia
mostre determinada estrutura, porém sempre se preocupam com uma palavra que se
estruture. Clécia tem uma poesia livre, leve, solta.
Resposta
(Clécia Santos)
Sandemberg,
gosto muito de escrever poemas de diversas formas. Encontro em suas palavras
algo que o José de Castro escreve na orelha do livro, Seiva de Palavras. As
minhas sutilezas e resoluções.
Pergunta (Roberto
Noir)
Percebe-se
claramente que na grande maioria dos seus poemas estão presentes o amor e a
natureza, inclusive os dois ao mesmo tempo. Além de tais temas, o que mais te
inspira, que temas você usa para escrever? Uma vez você postou que a família e
amigos te inspiram também, só que isso pareceu vago e não é tão perceptível
assim em seus poemas, pelo menos não pra mim. Gostaria que se aprofundasse um
pouco mais nessa explicação.
Resposta
(Clécia Santos)
Noir,
as minhas poesias são feitas de vivências, de um sofrimento calado, de uma
poética de pessoas que me rondam, de coisas visíveis e até invisíveis. Muitas
delas foram sonhadas e acabadas no computador, nas madrugadas. Outras saem de
minhas alucinações de fadas, pirilampos e duendes. (Risos). As de improviso
guardo-as carinhosamente. Nunca serão
descartadas.
Perguntas (Paulo
Caldas Neto)
Que
forma poética mais a atrai?
Resposta
(Clécia Santos)
Gosto
muito de poemas livres e sonetos. Mas também dos poetrix. Serão meus futuros acompanhantes.
Pergunta
(Paulo Caldas Neto)
Dando
uma de Thiago Gonzaga, que outro campo da arte a atrai além da literatura?
Resposta
(Clécia Santos)
Fora
a literatura e a Biologia, tenha profunda admiração por telas. Mas sei que
jamais pintarei nada. (Risos)
Pergunta
(Paulo Caldas Neto)
Na
sua opinião, o que é preciso para o escritor potiguar romper os muros
provincianos?
Resposta
(Clécia Santos)
Será
preciso um esforço dos editores para abraçar a causa dessa divulgação. Creio
nisso!
Pergunta (Ozany
Gomes)
Clécia,
sempre digo que quando escreve-se um livro e consegue-se publicá-lo, estamos
dando vida a um filho literário. Você já conseguiu dar vida a três filhos
literários. Você tem apreço maior por um dos três ou todos tiveram o mesmo
significado ao serem concebidos?
Resposta
(Clécia Santos)
Ozany
eu amei essa pergunta! Sim! Concebemos que amor cada um deles. E cada um, tem
um propósito diferente, um contexto diferente e um sonho diferente para ser
realizado.
Quando
fiz Flor de Cactus, quis agradecer ao meu pai, avô e a terra de Caicó.
Quando
fiz Angel, brisas & poesias, quis dizer ao mundo, aqui estou! Sou poesia!
Quando
fiz Seiva de Palavras, quis dizer agora vou! Sou plena em Natureza e poesia!
Pergunta (Paulo
Caldas Neto)
Clécia,
algum outro gênero da literatura lhe desperta interesse?
Resposta
(Clécia Santos)
O
cordel. Nunca fiz, mas tenho muita vontade. Mas só vontade, viu! Deixo isso
para os grandes José Acaci, Rosa Régis e Cláudia Borges e Tonha Mota.
Pergunta
(Paulo Caldas Neto)
Na
infância, quais eram suas leituras favoritas?
Resposta
(Clécia Santos)
Agora,
você vai rir muito!! Lia num alpendre da casa do vovô, muitos cordeis!
Pergunta
(Paulo Caldas Neto)
Quem
é Clécia Santos?
Respostas
(Clécia Santos)
Sou
uma mulher menina! Nunca vou envelhecer, pois a poesia fez um pacto comigo. Ela
me leva linda, essência e livre...vamos voar. Somos duas borboletas!
Pergunta (Arlete
Santos)
Clecia,
quando você escreve, chega a ter uma preocupação em participar de algum
concurso literário ou você escreve pensando mais em alimentar seu ego?
Resposta
(Clécia Santos)
Arlete!
Já participei de concursos de poesias sim. Em 2014, ainda na gestão anterior,
ganhei uma menção honrosa, mas ainda não foi publicado pela Fundação José
Augusto. Espero um dia que sim. Mas não ligo para isso de concursos.
Pergunta (Ozany
Gomes)
Clécia,
qual seu sonho nesse momento para sua vida literária e pessoal?
Resposta
(Clécia Santos)
Na
minha vida literária, vender alguns livros que me restam e publicar outro.
Na
minha vida pessoal, me realizar como pessoa, ter boas amizades e ser assim,
essa pessoa alegre, de bem com a vida.
Pergunta (Radyr
Gonçalves)
Clécia,
o que você costumar ler costumeiramente?
Tem
algum tipo de literatura que você não se agrada do estilo?
Resposta
(Clécia Santos)
Interessante
a sua pergunta! Gosto demais de ler livros de meus amigos potiguares. Mas atualmente estive folheando as Mil e um
Noites, que tem quatro enormes volumes, mas estou no primeiro.
Nessa
segunda pergunta, digo que gosto de ler livros de poemas. Mas os de contos e
novelas também. Destaco A imagem do Cão, de Guilherme Henrique Cavalcante, bem
legal! Não gosto de algo de terror.
Pergunta (Ivam
Pinheiro)
A
sua poesia traz a simplicidade e a magia lírica da natureza. Nas suas
influências literárias existem alguns traços do seu lugar de nascimento e sua
infância. Em que poemas estes traços aparecem?
Respostas
(Clécia Santos)
Diria
que traços de infância, no livro Flor de Cactus. Meus eus, no Angel, brisas
& poesias. E minhas impressões digitais da natureza, em Seiva de Palavras.
Mas meu grito de ser leve é uma constante.
Pergunta (Ivam
Pinheiro)
Clécia
Santos, como você se define?
Respostas
(Clécia Santos)
Acho
que anteriormente já respondi o que pergunta. Mas sou aquela poetisa que sonha
ser lida. Sou simples no que escrevo e por isso, retrato o cotidiano, mas quero
resumir tudo num poetrix.
Pergunta (Ivam
Pinheiro)
E
quanto a sua poesia, ela expressa sempre seu sentir (ser poeta) ou você, majoritariamente,
reporta o sentir de outros seres poetado?
Resposta
(Clécia santos)
Acredito
que em cada poema meu, tem minha essência, um grande significado para mim.
Redescobrir-me, renascer e fazer que o leitor tire as suas conclusões. Há
sempre algo de incompleto em alguns poemas. E assim, deixo vocês fazerem o
final.
Pergunta (Ivam
Pinheiro)
Para
finalizar, como você ver o atual cenário literário potiguar, em especial a cena
poética do RN?
Resposta
(Clécia Santos)
Foi
também feita essa pergunta por João Andrade.
Mas, acho que estamos saindo dos subterrâneos.
Pergunta (Gonçalves
Júnior)
Clécia,
alguns escritores seguem uma espécie de "rotina" para o ato de escrever,
seja quanto ao horário ou ao local, etc. Você segue alguma rotina quando
escreve ou basta-lhe a inspiração?
Resposta
(Clécia Santos)
Sim!
Adoro o silêncio, as músicas lentas e as madrugadas. São meus redutos poéticos!
Pergunta
(Gonçalves Júnior)
Em
relação ao tempo de escrita, você demora muito pra terminar um poema ou escreve
como lhe vem à cabeça e depois vai moldando, trabalhando cada palavra no verso
até achar que ficou bom o poema?
Resposta
(Clécia Santos)
Escreve
sempre como vem a inspiração. Mas de vez em quando, acho que falta algo e
refaço. Mas há poemas, em que as palavras nos procuram e saem lindos!
Comentário (Ivam
Pinheiro)
Parabéns,
amiga Clécia Santos. Sua poesia transmite a simplicidade da beleza e a clareza
do sentir natureza e ser no poema de bem amar. Fácil de dizer, a sua poética é
linda e eclética no expressar a maravilha do viver, seja ser poeta ou
retratando na essência do sentir as impressões e expressões de ser(es)
poetado(s). E a natureza é o seu habitat literário e seu diário prazer são
letras que se palavreiam simplicidade generosamente belas para nós leitores e
fãs de seu trabalho poético.
Pergunta Gonçalves
Júnior
Você
pretende escrever outros estilos de textos (contos, crônicas...)?
Resposta
(Clécia Santos)
Escrevo
bem micro contos... (Espero agradar!) (Risos) Mas não pretendo mudar. Pretendo
que seja de poemas e poetrix.
Pergunta
(Gonçalves Júnior)
O
que você pensa sobre o mercado editorial brasileiro na atualidade? As novas
tecnologias ajudam ou atrapalham o processo de formação de novos leitores?
Acho
que a luta é constante no mercado editorial. Muito ainda tem que ser feito no
processo de divulgação e vendas mesmo. E não acho que as novas tecnologias
atrapalhem, elas selecionam, e muitas vezes, sabemos distinguir o que é bom ou
não.
Comentário (Gonçalves
Júnior)
Um
exemplo de bom uso das tecnologias é esse grupo. Nele, a qualquer hora e em
qualquer lugar podemos ler bons textos e interagir com excelentes autores,
artistas, professores e leitores. Obrigado, Clécia. Sinto-me contemplado pelas
suas respostas.
Resposta
(Clécia Santos)
Muito
obrigada pelo carinho que tem com esse grupo da SPVA. Fico feliz que essa ideia
de divulgação mensal, contemple nossos trabalhos nesse espaço. Parabéns a
gestão de Ozany Gomes!
Pergunta (Ivam
Pinheiro)
Clécia,
de toda sua produção literária, até o atual momento, com certeza você tem os
seus poemas prediletos, que nutre mais carinho. Você pode citar para nós, o
título de 3 (três) poemas que você mais tem afeição na sua obra literária?
Resposta
(Clécia Santos)
Ok!
Mas sem muito apegos, José Ivam:
Flor
de Cactus - O Caminho da Água.
Angel,
brisas & poesias - todos.
Seiva
de Palavras - todos os poetrix e o poema homenageado: SEIVAR.
Pergunta (Roberto
Noir)
Clécia,
gostaria que você nos explicasse o que é poesia feminina. Ela realmente existe
ou é apenas uma ilusão conceitual? Se existe, quais suas características e como
diferenciá-la da poesia masculina?
Resposta
(Clécia Santos)
Noir!
Os poemas femininos são bem diferentes dos feitos pelos poetas. Como uma
pequena pitadinha disso temos um livro chamado APENAS PALAVRAS de José de
Castro. Sei que vc leu e o achou excelente. Não acho que é uma ilusão
conceitual! É verdade sim!
Pergunta (Roberto
Noir)
Sim,
mas qual seria a diferença entre a poesia feminina e a masculina?
Resposta
(Clécia Santos)
Acho
que os homens não têm uma linguagem igual...Mesmo sendo sensuais, há uma
diferença.
Nesse
livro, José de Castro faz isso, essa brincadeira de ser feminino.
Comentário (Ivam
Pinheiro)
Exemplo
de poesia feminina: A letra música-poema de Chico Buarque - Folhetim. "Se
acaso me quiseres sou dessas mulheres que só dizem sim..."
Pergunta (Roberto
Noir)
Eu
gostaria que você me respondesse de uma forma mais conceitual: exemplo: poemas
masculinos tem as características A, B e C. Femininos possuem as
características X, Y e z
Comentário (Ivam
Pinheiro)
O
ser poetado é sempre o feminino.
Comentário (Roberto
Noir)
Nesse
caso, Ivam, o eu poético é feminino, mas falo de características. Características
que me façam ler um poema e dizer: foi uma mulher (ou homem) que escreveu.
Comentário (Ivam
Pinheiro)
Existem
escritos românticos ou não que expressam o sentir de forma ampla e geral - o amor, dor, saudade, repulsa ou opinião que
serve tanto no feminino como no masculino.
Comentário (Clécia
Santos)
Bem,
não sou experiente nisso. Mas, sei que dificilmente escreveria coisas duras, de
palavras muito sensuais me referindo às mulheres. Posso aqui lhe dar um bom exemplo de poesia
masculina, o nosso amigo Radyr Gonçalves.
Comentário (Ivam
Pinheiro)
Não
é dessa forma. Ou feminino... ou um sentir que se enquadra para os dois
gêneros.
Comentário (Roberto
Noir)
Mas
eu não me refiro aos pronomes pessoais. Eu poderia escrever algo que falasse
bem do corpo masculino se eu fosse gay, por exemplo.
Comentário (Rita
Cruz)
Não
vejo muita diferença entre dualidades.
Como
diz a música: "ser um homem feminino, não fere o meu lado masculino,
se
Deus é menina e menino, sou masculino e feminino..."
Comentário (Roberto
Noir)
Minha
dúvida é como conceituar poesia feminina e masculina, sem demonstrar a atração
pelo sexo oposto.
Comentário (Ivam
Pinheiro)
A
exemplo de Chico Buarque, que mostra em várias de suas letras, expressando o
sentir da poesia feminina.
Exemplos:
Foi
um sonho medonho...
O
meu amor tem um jeito que é só meu...
Comentário (Clécia
Santos)
Poesia
é poesia e nada mais que isso. As situações são diversificadas. Mas acho sim,
que existe a diferença entre uma e outra.
Comentário (Rita
Cruz)
No
que me remete ao poeta, ele poder ser o que quiser. Até mesmo uma folha ao vento.
Comentário (Roberto
Noir)
Pois
é, mas se nós afirmamos que existe diferença, deve haver uma maneira de
conceituar, do contrário não existe
Comentário (Ivam
Pinheiro)
Acho
que este tema pode ser motivo para um debate específico, em outro momento.
Comentário (Roberto
Noir)
Bom,
o que estamos falando aqui faz parte da pergunta que eu fiz.
Pergunta (Ivam
Pinheiro)
Clécia,
sua maior alegria na poesia?
Resposta
(Clécia Santos)
Olha
amigo, é ver que sou lida. Que alguma poesia tocou alguém.
Pergunta (Alfredo
Neves)
Em
que você se insere, em qual escola, qual seu estilo?
Resposta
(Clécia Santos)
Eu
me insiro num estilo poético romântico e bucólico.
Pergunta
(Alfredo Neves)
Clécia,
a felicidade é mesmo oriunda do mundo mágico do poeta e da poetisa ou a
felicidade pode vim de qualquer satisfação mundana.
Resposta
(Clécia Santos)
A
felicidade vem do mundo mágico que construímos cada dia. A felicidade poética é
a grande novidade da inspiração que vem sem sabermos de onde, e enfim,
escrevermos um poema que todos e todas ao lê-lo, transportam-se para o universo
dos sonhos.
Pergunta (Eva
Potiguar)
A
inspiração da poeta Clécia? Quando? Quando você percebeu essa condição poética
de ser e fruir?
Resposta
(Clécia Santos)
A
inspiração vem espontânea e não bate à porta... vem instantaneamente. A
inspiração é livre, chega de diversas formas. Músicas, imagens e pessoas.
Pergunta (Eva
Potiguar)
Quando
você se identificou como poeta pela primeira vez? Quando percebeu isso?
Resposta
(Clécia Santos)
Ainda
criança, uns 13 anos creio. Fiz muitos poemas bobos e com o tempo me aprimoro e
aprendo. A poesia é vivência. Uma evolução constante. Sem trégua.
Pergunta (Adélia
Costa)
O
que te inspira na vida e poesia?
Resposta
(Clécia Santos)
Na
vida, minha família e meus amigos e amigas. E essa alegria de viver. A vida me
inspira muito e quase sempre a minha própria solidão me joga a isso. Muito bom!
A natureza e ela se misturam. Gosto disso... De coisas simples do cotidiano.
Pergunta (Patrícia
Almeida)
Qual
o significado da poesia na sua vida, ou seja, o que ela representa para vc? Ela
de alguma forma serve como subsídio para te reinventar?
Resposta
(Clécia Santos)
Olha
Patrícia, sou daquelas mulheres resistentes na poesia! Penso principalmente em
fazê-las e me agrado muito. Depois as exponho com certo receio de quem vive
incompleta. Sou inquieta demais para pensar se agradei... elas me incluem em
seus abraços.
Perguntas (Adélia
Costa)
Entrevista:
Um
sonho?
Um
livro?
Um
autor?
Autores
prediletos?
Por
que Angel?
Ainda
pretende lançar livros?
E
o amor... kkk...
Respostas
(Clécia Santos)
Ser
poeta!
Tantos,
mas aqueles que viajo. Pode ser de poemas ou prosas. Atualmente os livros de
autores potiguares.
Angel
é minha alma e essência.
Sim,
pretendo...
Pergunta (Cassia
Ribeiro)
Clécia,
em qual você se identifica mais, no poetrix ou na poesia?
Resposta
(Clécia Santos)
Risos...
para Cássia... minha caixinha de surpresa: os poetrix... amo demais tudo em
relação aos mesmos.
Pergunta (Josivan
Alves)
Clécia
amor, autores regional e local quem você admira?
Resposta
(Clécia Santos)
Autores
potiguares preferidos - João Andrade, José de Castro, Paulo Caldas Neto, Dilson
Ferreira, Alfredo Neves, José Ivam, Marcelo de Cristo, Roberto Noir, Sandemberg
Oliveira, Lívio Oliveira, Jarbas Martins, entre outros.
Pergunta (Patrícia
Almeida)
Clécia,
os admiradores de sua poesia, poderiam te nomear como poetisa do amor? Eu tenho
esse sentimento ao ler seus trabalhos.
Resposta
(Clécia Santos)
Nem
sei bem, Patrícia! Acho-me triste em alguns poemas. E isso é reflexo de uma
vida solitária.
Pergunta (Ozany
Gomes)
Clécia,
com base na pergunta de Cassia Ribeiro, explique... poetrix não é poesia?
Resposta
(Clécia Santos)
Poetrix
é um terceto poético com títulos e poemas podem ser livres, sonetos ou outras
formas mais longas como um cordel.
Pergunta (João
Andrade)
Clécia,
como você vê o atual cenário da poesia potiguar?
Resposta (Clécia
Santos)
Eu
percebo uma quebra de silêncios... prolongados silêncios. Vejo um GRITO real de
ótimos poetas e escritores. Sou orgulhosa de vocês, que me inspiraram a
continuar na luta. A nível nacional, quiçá internacional. Torcendo para isso.
Acredito. Você é um de meus prediletos João Andrade. Além de poeta é artista
plástico.
Pergunta (João
Andrade)
Clécia,
existe poesia feminina? Como você vê a produção poética de nossas poetisas e
qual delas você nos recomenda a leitura?
Resposta
(Clécia Santos)
Hum!!
Achei bem interessante esse termo Poesia Feminina! E olhe existe sim! Inclusive
li o livro do poeta José de Castro, “Apenas Palavras” e descobri que sim. Ele
foi demais! Gostei desse livro de José! Eu recomendo as poetisas: Jeanne Araújo,
Leocy Saraiva, Drica Duarte, Jania Souza entre outras talentosas. Elas são
ótimas! Maria Maria também!
Pergunta (Mizael
Souza)
Clécia,
como você se define enquanto artista?
De
que momentos da sua vida você tira suas maiores inspirações para escrever?
Gostaria
de saber também qual o seu escritor predileto.
Resposta
(Clécia Santos)
Mizael
me defino como uma pessoa inquieta. Em plena evolução e incompleta. Sei que
amanhã serei melhor que hoje. Essa é minha certeza.
Os
momentos podem ser alegres ou tristes, a inspiração chega sem aviso prévio. Mas
gosto de ouvir músicas suaves, sentir uma brisa e ficar num cantinho bom e
agradável. O barulho me incomoda muito!
Nacional:
Manuel de Barros, meu momento atual. E
potiguares, muitos! Já citei alguns por aqui.
Pergunta (Ingrid
Ribeiro)
Gostaria
de saber por que no poetrix "Delicada", do livro “Seiva de Palavras”,
você utiliza Borbolete-me? Por que o poetrix
"Intensa"?
Resposta
(Clécia Santos)
Linda
Ingrid Ribeiro! São delicadezas pelas quais uso o neologismo, para fazer um convite:
Seja delicado (a)! Ou seja, abrace-me!
O
poetrix Intensa é um outro que gostei muito de escrever. Nele falo:
Em
silêncio
mas
aguarde,
meu
grito!
Acho
que toda a mulher tem mil faces. Esse poetrix foi minha homenagem para nós
mulheres!
Agradeço
pelo carinho de vocês! Acho que agrado adolescentes e espero que vocês sejam
maravilhosas multiplicadoras dos poetas e poetisas potiguares. Percebo isso!
Parabéns meninas!
Comentário
(Adélia Costa)
Eu
sabia que ainda estava na adolescência... Por isso tenho me agradado tanto dos
teus poetrix... Tem me dado até trimilix...kkk
Pergunta
(Adélia Costa)
Clécia
biobeleza: o que tens a dizer para pessoas como eu, que ama ser tiete, mas anda
se aventurando em uns rascunhos inspirados e incentivados por TI?
Resposta
(Clécia Santos)
Adélia!
Acho que o poetrix é uma nova forma de comunicação poética que agrada todas as
idades. Um fazer quase brincante de jogos de palavras que buscam reduzir
poeticamente o que um poema maior quer dizer.
Você
se descobre inquieta! Que tem muito para se descobrir e agradar em diversas
formas. Estou feliz que tenha uma tiete assim, plena de vontade de voar, ser
feliz e de ser poetisa.
Pergunta (Arlete
Santos)
Clécia,
há alguém na família que escreve? Você acredita mais em inspiração ou técnica?
Resposta
(Clécia Santos)
Oi!
Arlete!! Na minha família tive grande influência do meu falecido pai. Ele me
incentivou muito para escrever bem! Afinal era professor da Língua Portuguesa.
Mas acho que a inspiração vem sem a preocupação de técnicas. Embora com o tempo
melhoramos bastante. No cuidado com a escrita.
Pergunta
(Arlete Santos)
Você
acha que sua poesia pode, de alguma forma, ajudar alguém que esteja tristemente
sem rumo?
Resposta
(Clécia Santos)
Olha
Arlete...Um poema é muito subjetivo! Ele pode tocar uma pessoa e outra não.
Depende do momento que ela se encontra e bem como qual o poema em destaque para
esse momento.
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